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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Uso Adequado do Vocabulário



 Uso adequado do vocabulário é uma expressão muito empregada pelas bancas que elaboramprovas de redação. Entendemos que a expressão possa carregar abstração, mas não é difícil deduzir que o termo pressupõe o conhecimento do vocabulário que será usado, das palavras ou expressões empregadas no contexto.
Uma redação não pode ser um emaranhado de vocábulos pegos aleatoriamente.
Podemos comparar o texto a uma obra de arte que vai sendo esculpida, lapidada, torneada até que surja perfeita, pronta para ser apreciada.
Para melhor elaborarmos uma redação, planejamento, conhecimento das regras gramaticais, análise, síntese, argumentação e poder de persuasão são essenciais, principalmente se estivermos compondo uma dissertação.
O tema a ser desenvolvido está eivado de informações guardadas na nossa mente: leitura de livros, jornais e revistas, peças teatrais e filmes assistidos - todo o material que colecionamos durante nossas vidas, nosso conhecimento de mundo. É necessário, contudo, fazermos uma análise e uma síntese desse material para selecionarmos apenas as ideias principais. Entretanto, essa seleção deve ser criteriosa a fim de que não haja comprometimento do sentido que pretendemos dar às palavras.
Adequar o vocabulário significa procurar a palavra certa, aquela que vai ocupar um lugar que só a ela cabe. Procurar sinônimos no dicionário pode ser válido para aumentarmos nosso vocabulário, mas, nem sempre ajuda já que não existe sinônimo perfeito: bonito, belo e lindo podem ser sinônimos, mas cada qual tem uma aplicação particular nos vários contextos.
As palavras podem assumir diferentes significados, podem mesmo ser empregadas metaforicamente e quanto maior for nosso vocabulário, mais facilidade teremos para encontrar os vocábulos que comporão nossa redação. Devemos, entretanto, ter o máximo cuidado para que o vocabulário usado não cause ambiguidade e comprometa a mensagem que se quer passar.
É aconselhável, também, evitarmos o emprego da palavra em seu sentido geral. Observe a palavra legal nas orações abaixo:
1ª oração: O princípio do devido processo legal está positivado pelo art. 5º, LIV, da CF.
2ª oração: Perguntado sobre seu dia, Cláudio respondeu que tinha sido legal.
Na 1ª oração, legal está empregado no sentido restrito, específico, relacionado à palavra lei. Na 2ª oração, legal é empregado no sentido geral, permitindo que o leitor atribua qualquer significado à palavra, afastando-a até mesmo do valor que o autor pretendeu atribuir a ela.
Das classes gramaticais, os adjetivos devem merecer atenção especial nos textos, principalmente porque podem aparecer na oração com valor subjetivo. Exemplo: Meu cunhado comprou um bom apartamento. O que seria um bom apartamento? Amplo? Confortável? Bem localizado? Cada leitor decodificará à sua maneira e o texto adquirirá uma infinidade de interpretações.
Outro critério a ser considerado se refere ao leitor, ao público para o qual escrevemos. Dependendo da profissão, do cargo que ocupa, da imagem social, do nível intelectual, da idade, haverá variação vocabular já que o vocabulário é reflexo da cultura e o que se pretende é atingir o maior público possível. Portanto, o uso de gírias, de estrangeirismos, da linguagem informal nas redações é permitido quando necessário à adequação do estilo, desde que essas palavras venham escritas entre aspas, obedecidas as regras da norma culta.
Muito cuidado, também, com os elementos de coesão. Eles têm por finalidade sequenciar as orações, de modo a tornar fácil e clara a leitura. Uma conjunção mal empregada, por exemplo, pode prejudicar a compreensão ou mesmo tornar o período incoerente. Na língua Portuguesa, os conectores indicam as relações entre as ideias expostas, canalizando a interpretação do leitor e chamando sua atenção para exemplos, explicações, oposições, concessões, etc. No trecho: Está previsto na Lei que o menor entre dezesseis e dezoito anos pode exercer trabalho rural, na lavoura, desde que não compreendido no período entre 21h e 5h do dia seguinte. Portanto o menor poderá trabalhar à noite sem contrariar os ditames legais.Observe que a conjunção portanto introduz uma oração conclusiva que, no trecho, contrariou o exposto na primeira parte do período. Todos os componentes textuais fazem parte de um encadeamento, estão conectados, logo, não podemos negar que há coesão textual; falta, contudo, coerência já que não há unidade lógica de sentido entre as orações do período.
Atenção também devem merecer os homônimos e parônimos, vocábulos cujos sentidos podem ser distorcidos caracterizando polissemia. É o caso de flagrante (evidente) e fragrante (perfumado), mandado (ordem judicial) e mandato (procuração), inflação (alta dos preços) e infração (violação), eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer), estrato (camada) e extrato (o que se extrai de), bucho (estômago) e buxo (arbusto), tachar (atribuir defeito a) e taxar (fixar taxa) entre outros.
Esses são alguns recursos de que podemos lançar mão para que tenhamos a certeza de que nosso texto será compreendido e apreciado por todos que o lerem. Somos capazes de escrever bem e com facilidade. Essa habilidade pode ser adquirida não só com o estudo, mas também com o hábito da leitura. 
Fonte: Folha Dirigida, por Nanci da Costa Batista

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