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sábado, 15 de dezembro de 2012

A sucessão presidencial norte americana e as perspectivas do novo governo


           Em 20 de janeiro de 2009, assumiu o cargo de 44º presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Senador do partido democrata pelo estado de Illinois. Obama representa um novo direcionamento na política do governo norte-americano em diversos aspectos. Na política interna é a volta do Partido Democrata ao topo do poder executivo dos Estados Unidos. Os democratas tem uma postura política diferenciada, caracterizada pela maior flexibilidade em assuntos ligados ao meio ambiente, igualdade social e reivindicações sindicais. No século XIX, o partido democrata empenhou-se na defesa pela igualdade racial e foi responsável pela 13ª emenda da constituição norte-americana, que pôs fim à escravidão nos Estados Unidos, mais tarde, foi a 14ª emenda constitucional, que garantiu a igualdade entre brancos e negros. Por outro lado, convém lembrar que os democratas costumam adotar uma política governamental mais intervencionista e protecionista que os republicanos na área comercial, assim como defendem uma carga tributária maior. 
Já na política externa, a expectativa é que haja um direcionamento político externo multilateralista em detrimento do direcionamento unilateralista característico nos dois mandatos de George W Bush, sintetizado principalmente na chamada “guerra contra o terror”. Na questão diplomática, espera-se do novo presidente uma posição mais flexível e aberta ao diálogo. Espera-se também a construção de uma nova imagem dos EUA no mundo, menos intransigente e mais moderada, para isso será necessário, entre outras medidas, apagar a imagem deixada pela base de Guantánamo, marco da agressão aos direitos humanos e símbolo da política do governo anterior, que provavelmente não será mais usada como lugar de prisioneiros. 
A expectativa é que os EUA possam agir mais diretamente em alguns pontos sensíveis da política internacional como, por exemplo, no conflito entre israelenses e palestinos, conforme aconteceu no acordo de Oslo em 1993, entre Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, articulado por Bill Clinton. 
Obama herdou duas guerras, Afeganistão e Iraque, cuja ocupação militar ainda será uma realidade em médio prazo. Até que se possa pensar em uma retirada das tropas norte-americanas, esses países precisam se reestruturar e criar condições mínimas de estabilidade e controle de segurança interna. No Afeganistão, os objetivos principais ainda continuarão os mesmos: capturar Osama Bin laden, acabar com a Al Qaeda e exterminar os focos de resistências do Talibam. Porém, paralelamente Barack Obama também precisa fortalecer o novo governo Afegão e preparar a retirada das tropas. Já no Iraque, parece que não há mais nada a pensar senão em uma retirada o mais rápido possível, conforme já afirmou Obama. 
Em relação à Rússia, no qual as relações diplomáticas já andam bem desgastadas, vai depender bastante da habilidade política dos democratas em questões como a da Ossétia, do Kosovo e do escudo antimísseis no leste europeu que colocaram Estados Unidos e Rússia em lados opostos. A Rússia vem nos últimos anos ascendendo como uma das promessas econômicas do Séc XXI, principal fornecedora de gás e petróleo da Europa, está relacionada no BRIC, países emergentes com grande potencial de crescimento para os próximos anos, com isso, a Rússia busca manter seu papel de potência regional preservando sua influência política e econômica sobre as repúblicas que compunham a antiga União Soviética. 
Irã e Coréia do Norte também aparecem como sérios problemas para os EUA devido aos seus programas nucleares, enquanto a Coréia do Norte caminha para uma solução, após passar por sanções comerciais que deram resultado, o Iran prossegue seu programa nuclear e recentemente testou mísseis balísticos de longo alcance. 
Talvez o maior desafio de todos para o presidente norte americano esteja relacionado à crise financeira global, que mostrou ao mundo a fragilidade da economia norte-americana, mergulhada em um enorme déficit comercial e fiscal. Mesmo após os pacotes bilionários do governo norte americano anunciados em 2008 e as ações de estatização de instituições financeiras em dificuldades, altos índices de desempregos, falências e recessão são palavras que estão no cotidiano do país e já afetam diretamente toda a economia global. 
Os membros da equipe econômica do governo de Obama terão que encontrar uma maneira de ajudar a reformar o sistema financeiro internacional de modo a evitar novos períodos de recessão na economia mundial causados principalmente pela especulação financeira internacional, e para isso já convocam a participação das maiores economias mundiais que também se tornaram vítimas da crise financeira.



Fonte: Folha Dirigida, por Márcio Vasconcelos

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