A preparação para conseguir a
classificação em um concurso público está cada vez mais difícil. A cada
ano a concorrência aumenta. Atualmente, segundo dados da Associação
Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), mais de 12 milhões de
pessoas realizam seleções por todo o Brasil. Ou seja, cada vez mais é
preciso ser diferente, se planejar e evitar erros bobos.
Segundo o fundador do Gran
Cursos, Wilson Granjeiro, é preciso ousar. "Atualmente em concursos o
candidato é aprovado no detalhe. É preciso ter uma estratégia bem
elaborada, diferente; é preciso ousar. É isso que garante a classificação.
Ser aprovado é até fácil, o problema é se classificar. E para isso,
repito, é preciso ser diferente, ter um bom planejamento e sempre
persistir para alcançar o objetivo", declara.
O especialista destaca alguns dos
principais erros dos candidatos. "Os erros mais comuns são deixar
para estudar na véspera, esperar o edital ser publicado. Outro erro comum
é achar que o colega de sala é o maior inimigo. É fundamental conhecer a
banca organizadora", comenta.
O professor elaborou uma lista
com os 20 principais erros dos concurseiros. Acompanhe:
1. Observar apenas o número de
vagas ou a remuneração
É muito comum o candidato deixar de
observar critérios importantes, como vocação, afinidade, formação escolar
e experiência, no momento de optar por uma ou outra carreira pública.
Frequentemente, a escolha leva em conta apenas o número de vagas
oferecidas no edital ou o valor inicial da remuneração do cargo.
2. Escolher o concurso pela estimativa
de baixa concorrência
O concurseiro que leva em conta apenas
a estimativa de baixa concorrência para fazer sua escolha comete um erro
primário. 'O grande número de vagas facilitará minha aprovação', pensa
ele. Errado. Em regra, a oferta de muitas vagas acaba por atrair
mais candidatos, o que reduz matematicamente as chances de sucesso.
3. Não avaliar se está apto para a
carreira
A remuneração inicial, sem dúvida pesa
muito na hora da decisão por um ou outro concurso. Mas o candidato também
precisa avaliar se tem aptidão para a carreira em vista. Do contrário,
pode não conseguir cumprir devidamente as atribuições do cargo assumido. A
afinidade com a carreira escolhida é decisiva para que o servidor mantenha
o emprego, tenha um futuro profissional brilhante e seja feliz
no trabalho.
4. Não ler o edital adequadamente
Outro erro que costuma derrubar os
candidatos mais descuidados: não traduzir o edital. Concurseiro que se
preze lê todo o conteúdo da norma que rege a seleção. Assim, ele se
certifica de que preenche os requisitos para a posse no cargo, e ao mesmo
tempo toma ciência de todo o programa cobrado nas provas. Não raro, o
edital ainda contém dispositivos ou incorre em erros que podem se
converter em armas do candidato atento, quando, mais tarde, tiver de
instruir recursos.
5. Desconhecer o perfil da banca
examinadora
Alguns concurseiros teimosos insistem
em ignorar outra dica preciosa: conhecer bem a banca é a chave para a
aprovação. O candidato deve estudar exaustivamente as provas de concursos
anteriores, a fim de identificar pontos recorrentes em cada matéria. Sem
dúvida alguma, muitos deles se repetirão em questões da seleção em que o
candidato estiver inscrito.
6. Não destinar aos estudos, uma vez
por semana, o tempo exato que terá para resolver as questões da prova
Pelo menos uma vez por semana, o
candidato deve destinar aos estudos o exato tempo que terá para resolver as
questões da prova. Se a prova tiver previsão de durar quatro horas, o
mesmo deve estudar durante quatro horas seguidas. Com esse tipo de
treinamento, desenvolve-se agilidade de raciocínio para resolver as
questões no tempo estabelecido pela banca. É uma forma de se preparar para
controlar a ansiedade no 'dia D'.
7. Deixar de estudar na semana que
antecede a prova ou privilegiar apenas algumas disciplinas
Fazer muitos resumos para revisão na
semana da prova é outra falha que pode comprometer meses – e até anos – de
estudo. Ainda pior é a decisão, equivocada mas muitíssimo comum, de
privilegiar algumas disciplinas em detrimento de outras na reta final da
preparação. É preciso manter o ritmo até o momento da prova. O candidato
deve revisar todas as matérias, sem exceção.
8. Não esgotar o conteúdo programático
contido no edital
Muitos dos inscritos nos concursos
desistem de esgotar o programa contido no edital, outro deslize que
costuma ser determinante para o mau desempenho nas provas. O candidato nunca
deve achar que este ou aquele item é menos importante e não cairá na
prova. Ao contrário, o concurseiro deve estudar todo o conteúdo exigido
pela banca examinadora.
9. Não estudar em grupo
Quem não gosta ou não consegue estudar
em grupo deixa de aproveitar uma das mais eficazes ferramentas para
garantir uma boa preparação e, consequentemente, aumentar as chances de
aprovação.
10. Não resolver provas de concursos
anteriores
É preciso conhecer trabalhos anteriores
da banca examinadora. Tão importante quanto isso é responder questões de
certames anteriores, a título de treinamento. O candidato que não faz isso
perde uma ótima oportunidade de melhorar o desempenho nas provas,
sobretudo na reta final do concurso. Esse tipo de exercício é uma forma de
fixar na mente questões que têm grande chance de ser cobradas
pelos examinadores.
11. Pensar que o colega de turma é o
principal concorrente
Achar que o colega de turma é o
principal concorrente é mais um erro cometido pela maioria dos
concurseiros. Não posso concordar com esse tipo de raciocínio. Garanto
que, pelo menos aqui, no Gran Cursos, as chances de todos os alunos que
frequentam os cursos são idênticas, graças à preparação uniforme de todas
as turmas. O conteúdo ministrado nas aulas de qualquer matéria é
rigorosamente baseado no edital do concurso. Portanto, todos aqui
concorrem em igualdade de condições e podem se ajudar mutuamente. Procure
ver no colega um aliado.
12. Subestimar a experiência do
professor
Outro deslize que derruba muitos candidatos
é desprezar a experiência dos professores. Tenha certeza: não apenas as
aulas que eles ministram, mas também as dicas que eles sempre oferecem
são preciosas.
13. Frequentar apenas cursos de
exercícios sem ter estudado a teoria previamente
Um erro dos mais comuns é frequentar
apenas cursos de exercícios, sem ter, antes, estudado a teoria. Essa
conduta dificulta o aprendizado e a fixação da matéria. Normalmente, o
candidato que faz isso também tem o hábito de começar os estudos, mas
interrompê-lo ao primeiro sinal de cansaço, para recomeçar o ciclo quando
sai outro edital. Muitas vezes os motivos que levam o concurseiro a agir
assim independem de sua vontade, mas deve-se evitar ao máximo esses
hiatos.
14. Experimentar novas estratégias às
vésperas da prova
Fazer experiências nos dias que
antecedem a prova, como passar a noite sem dormir, ir para uma festa ou
comemoração. São erros que o candidato não pode e não deve cometer. Na
semana anterior não se deve inventar. Há candidatos que passam a noite
anterior à prova estudando e chegam na prova cansados, sem condições.
15. Começar a estudar apenas quando o
edital é publicado
Esse erro é muito comum. O concurseiro
acredita que que irá vencer todo o conteúdo em um pequeno espaço de tempo.
Não é possível estudar tudo em 30, 45 dias. É preciso construir a base ao
longo do tempo. Não se consegue ser aprovado da noite para o dia.
16. Inscrever-se em concurso de nível
médio apesar de já ter formação superior
Esse é um erro clássico. O candidato
acredita que irá levar vantagem pela graduação, concorrendo com pessoal de
nível médio. Mas quem passa nos primeiros lugares de concursos para nível
médio são candidatos com apenas o nível médio. Essas pessoas estão bem
afinadas com o conteúdo exigido no edital. Não é escolaridade, não
é graduação, não é nada disso que leva a aprovação. O que faz
o candidato ser aprovado é a preparação adequada.
17. Usar, para os estudos, textos de
leis extraídos de sites não oficiais
Ficar estudando, consultando legislação
de sites que não são atualizados, não são do governo. É um erro grave. O
candidato acaba estudando conteúdo que não vale mais ou já foi revogado,
alterado, não tem valor.
18. Iniciar a preparação para o teste
de aptidão física apenas depois de divulgado o resultado da prova objetiva
Isso é comum. As pessoas deixam para se
preparar depois do resultado da prova escrita. Quando o candidato se
inscreve para concursos que tenham o TAF já deve buscar ajuda de um profissional.
Quem deixar para a véspera pode ter a certeza da eliminação.
19. Restringir-se a assistir às aulas
do curso, sem reservar tempo para o estudo individual
Não estudar em grupo e não reservar
pelo menos duas horas para estudo individual, assistir apenas as aulas não
é o suficiente.
20. Abandonar todas as atividades
físicas – em especial a aeróbica – enquanto se prepara para o concurso
O candidato deve sempre fazer exercícios.
Tanto os de provas anteriores como os físicos. A ciência demonstra que o
exercício aeróbico aumenta a capacidade cognitiva.
Por Luan Monteiro
Fonte:
Folha Dirigida
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