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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Aprender com graça é sempre agradável. E pode ser mais eficiente



Bem-humorado, comunicativo e persuasivo na medida: este é o perfil de muitos professores espalhados Brasil afora e que, graças ao carisma e talento para a transmissão de conhecimento, colecionam um número, cada vez maior, de alunos que são verdadeiros fãs de suas aulas. O segredo? Aliar a paixão pela profissão à postura de um profissional diferenciado pela forma de se posicionar à frente de uma turma de estudantes. E o resultado não poderia ser outro: professores que se tornam mestres na arte de ensinar e, ao mesmo tempo, fazer rir.
É tênue a fronteira entre a transmissão do conteúdo mediado por histórias e piadas relacionadas ao assunto e uma aula stand-up – na linha do popular gênero teatral de comédia em pé. É necessário saber dosar para não deixar que o conhecimento se torne um mero coadjuvante. É preciso lançar mão do humor em função da aprendizagem – o que está longe de simplesmente transformar a aula numa palhaçada. “É importante fazer com que o aluno se divirta usando o conteúdo. O professor tem que saber contar piada no meio do aula, utilizando aquele determinado assunto para gerar entendimento e reflexão. Até porque a hora do humor gera uma certa euforia... Como contraponto, é necessário usar a seriedade depois disso, exatamente para focar no tema e fixar a disciplina”, aponta o professor de Aprendizagem e Temas Motivacionais, Felipe Lima.
Saber maneirar nas brincadeiras e evitar termos pejorativos. Esses são dois cuidados básicos a serem tomados se a decisão for apostar numa lição regada à descontração. O professor de Português e Redação Rômulo Bolivar, por exemplo, reforça que todo o cuidado é pouco na hora de conduzir a aula. E que é um risco desnecessário pecar pelo excesso de ‘gracinhas’ – não, esta não é uma referência ao adjetivo mais repetido pela saudosa apresentadora Hebe Camargo... Tá vendo só? Essa matéria acabou de apresentar uma piadinha infame, apesar de tratar de um assunto sério. Agora, já pensou se ela fosse escrita o tempo todo assim?
“Eu prefiro falar de mim. Conto dos micos que já paguei, de histórias engraçadas da minha vida e uso, inclusive, minhas dificuldades pessoais para que eles entendam melhor a mensagem que eu quero passar”, explica Rômulo Bolivar. Certo é que entrar em sala de aula com uma postura sisuda ou arrogante só faz com que os alunos respondam a estes estímulos com bocejos e resmungos durante o processo de aprendizagem.
“Geralmente, professores assim acham que a comunicação feita com humor irá comprometer a qualidade da mensagem, por não entenderem o papel do humor na comunicação ou talvez por uma questão de condicionamento cultural”, atenta Mario Persona, escritor, palestrante e professor de estratégias de comunicação. Achar graça desperta a atenção do aluno. Faz com que ele registre aquele momento, em que o conteúdo foi transmitido com humor, como uma passagem agradável. O cérebro humano trabalha a favor dessas sensações. Recordar assuntos registrados pelo viés cômico é tão fácil e agradável quanto decorar a nossa música favorita. Assim, fica bem mais fácil lembrar daquela fórmula matemática. Inclusive no dia da prova...
Para provar que o senso de humor, de fato, não é “história para boi dormir” quando o assunto é fixação de conteúdo, o respaldo encontra apoio científico. O princípio do absurdo, uma ideia da psicanálise, trabalha com três vertentes que potencializam a capacidade de armazenamento de informações: a terceira delas é a vulgaridade, a segunda o nojo, pelo que gera de repulsa, e a primeira e principal é a diversão. Tudo que é engraçado provoca uma emoção diferenciada por lapsos nervosos.
"O hemisfério esquerdo trata a informação com rigor, retendo uma parte muito pequena na memória, enquanto o hemisfério direito é mais liberal, guardando tudo o que lhe agrada. Por isso temos uma boa memória musical e somos capazes de contar uma piada de uma página com todos os detalhes, apesar de termos escutado seu texto apenas uma vez, e anos antes", explica Mario Persona.

          Um novo padrão de relação com os alunos

Estreitar relações, alimentar sonhos e arrancar boas gargalhadas parece ser mesmo a receita perfeita para o professor Felipe Lima. Prova disto é que a admiração por parte dos alunos vai muito além das quatro paredes que compõem as salas da rede LGF de ensino. São mais de 22 mil seguidores acompanhando o cotidiano de Felipe através do microblog Twitter. Ele aproveita o espaço para estimular seus alunos na busca de seus objetivos. E, na rede social, alimenta a discussão sobre os mais diversos assuntos, quase sempre através de vias cômicas.
“O professor tem a chance de motivar o aluno todos os dias. Para isto, a aula precisa ser interessante, dinâmica, envolver recursos audiovisuais. O melhor professor não é aquele que ensina, mas aquele que inspira. Aquele que faz com que o aluno saia de sala com vontade de estudar ainda mais”, revela Felipe.
Já Rômulo não pensa duas vezes antes de chegar ao local de trabalho com um sorriso estampado no rosto. Para ele, que trabalha com alunos focados em concurso público há mais de dez anos, o tempo ensina a melhor forma de se comunicar, mas o talento nato conta pontos a favor.
“O importante é ser honesto consigo e com os alunos. Além disso, o bom humor, de fato, ajuda bastante! Principalmente nas aulas voltadas para esses alunos, que buscam uma oportunidade de ingressar na área pública. As pessoas que estão ali, além de alunos, são pais, mães, funcionários, encaram jornadas duplas e, algumas vezes, tripla, ou seja, têm outras responsabilidades e o conteúdo não pode competir com esses outros compromissos, senão ele perde. Por isso, o bom humor ajuda o aluno a se afastar desses compromissos, trazendo-o mais relaxado para esta zona de conhecimento”.
Mas outros recursos, não menos poderosos, também devem ser levados em consideração na hora de ensinar. Ainda de acordo com o escritor Mario Persona, analogias, parábolas e metáforas também são ferramentas extremamente importantes na comunicação de conceitos. “No caso do professor, fica evidente que o uso de parábolas e analogias é uma forma de fazer um assunto complexo caber na faixa de compreensão de seus ouvintes. Até os problemas básicos de aritmética usam elementos visíveis e palpáveis para os alunos, como laranjas ou maçãs. Apelam para o lúdico”, complementa.
Felipe Lima compartilha da mesma opinião. O professor aproveita as situações corriqueiras do dia a dia para extrair e gerar conteúdos, sempre relacionados às disciplinas lecionadas em sala. “A experiência diária é maravilhosa porque é muito rica. É uma troca. São coisas que acontecem com os alunos também e que são usadas como exemplos práticos e faz com que eles se identifiquem com o ocorrido e lembrem com facilidade sobre o assunto na hora da prova”, conclui.
Por Thalita Gois
Fonte: Folha Dirigida



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