Olá, Pessoal! Como vão todos? Apesar das medidas restritivas do Governo
Federal, os demais concursos continuam ‘de vento em popa’... Mantenham o ritmo,
não esmoreçam! E haja tribunaIS, procuradorias municipaIS,
secretarias de governos estaduaIS e municipaIS e tudo o
maIS... ôps! Rá rááá... rima necessária... rs É isso aí!
Bom, é engraçado... quando a gente escreve um artigo sobre determinado
assunto, pensando em nossos leitores, muitas vezes nos vem à mente um certo
padrão de formalidade, um rigor... ah! Dizia um célebre orador sacro do século
XVII, Pe. Antônio Vieira: “Se gostas da afetação e pompa do estilo que chamam
‘culto’ (referência ao estilo cultista de rebuscamento gongórico da época), não
me leias...” e acrescenta: “... e valeu-me tanto sempre a clareza que, só por
que me entendiam, comecei a ser ouvido...” e por que não dizer, LIDO! Não é
mesmo, pessoal?
E quando o assunto é sintaxe de concordância, aí é que ‘o bicho pega’
mesmo, pois o conteúdo é bastante controverso... Há algumas divergências entre
certos gramáticos, portanto, a dica é ficar sempre atento ao perfil das
questões de concordância elaboradas pelas bancas examinadoras, a fim de
identificar-lhes em que orientação teórica elas se baseiam. Note-se, por
exemplo, que a FCC vem abordando com maior frequência a concordância verbal,
sobretudo no que se refere à relação básica entre “verbo e sujeito posposto”
(seja este simples, acompanhado por longos adjuntos, ou ainda sob a forma de
sujeito oracional com verbo no infinitivo), sem maiores incursões nos casos
específicos das minuciosas e controversas expressões... as outras bancas também
apontam preferência pela concordância verbal, porém ainda sinalizam o uso de
certos casos gerais (verbos no particípio, verbos impessoais, verbos com a
palavra ‘se’...).
Bom, feitas as considerações preliminares, vamos lá!
É importante saber que a CONCORDÂNCIA NOMINAL se ocupa
da relação entre as classes de palavras que compõem o chamado grupo nominal
(substantivo, artigo, numeral, pronome e adjetivo). O substantivoé,
de certo modo, o elemento central, a palavra-chave nessa modalidade de
concordância. O artigo, o numeral, o pronome e o adjetivo, via de regra, sempre
concordarão com o substantivo a que se referem. Anote isso!
Por se tratar de um breve artigo, esquematizaremos de forma topicalizada
algumas regras essenciais, a fim de auxiliar em seus estudos.
1) CONCORDÂNCIA
DO ADJETIVO (ADJUNTO ADNOMINAL) COM O SUBSTANTIVO
} O
adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.
Ex.: A
casa amarela ficava no fim da rua.
} Um
só adjetivo, referindo-se a mais de um substantivo de gênero ou número
diferentes:
· Quando
vem após os substantivos, concorda com o mais próximo ou com os dois
(substantivos).
Ex.: O
rapaz e a moça apaixonada (ou apaixonados) saíram.
þ Observação: É
importante lembrar o seguinte critério, quando o adjetivo concordar com os dois
substantivos: masculino + masculino, masculino + feminino ou feminino +
masculino = masculino plural; feminino + feminino = feminino plural.
· Quando
vem antes dos substantivos, concorda com o mais próximo.
Ex.: Os antigos postes
e luminárias eram requintados.
} Dois
adjetivos referindo-se ao mesmo substantivo:
Ex.: Os
líderes americano e italiano se reuniram
hoje.
O líder americano e o italiano se reuniram
hoje.
2) CONCORDÂNCIA
DO PARTICÍPIO COM O SUBSTANTIVO
} O
particípio concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere:
· nas
orações reduzidas
Ex.: Dado o
sinal, todos se retiraram.
Concluídas as
pesquisas, detalharemos os dados.
· na
voz passiva
Ex.: Foram anotadas todas
as reclamações.
Haviam sido anotados os detalhes da negociação.
· Quando
o particípio se refere a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes:
Ex.: O
empenho e a confiança foram ampliados.
· O
particípio não varia quando forma tempo composto
Ex.: Ela havia
anotado os objetivos.
Todos haviam anotado as reclamações.
3) CASOS
GERAIS
} É
preciso / É necessário / É proibido / É bom...
· Sem
elemento determinante ficam invariáveis. Caso contrário, concordam em gênero
com ele.
Ex.: É
proibido entrada. (sem elemento determinante)
É proibida a entrada. (com determinante)
É preciso álcool
para limpar a mesa. (sem determinante)
Seriam precisos vários
conferencistas. (com determinante)
} Mesmo/próprio/incluso/anexo/obrigado/quite
· Concordam
em gênero e número com o substantivo a que se referem.
Ex.: Seguem anexos (ou inclusos)
os documentos.
Muito
obrigadas – responderam elas.
Elas mesmas (ou próprias) fizeram o trabalho.
Nós estamos quites com a receita federal.
þ Observação: “Em
anexo” = invariável
} Bastante
/ Bastantes
· Bastante
= muito (a), suficiente. (função adverbial - invariável)
Ex.: Conheceu bastante coisa
durante a visita.
Estudei bastante hoje.
· Bastantes
= muitos (as), suficientes. (função adjetiva - variável)
Ex.: Fiz bastantes coisas
em casa.
Estudei bastantes assuntos para o concurso.
} Caro
/ barato / alto / baixo
Ex.: Elas
são altas. (adjetivo)
Elas falaram alto. (advérbio)
A roupa é cara.(adjetivo)
A roupa custou caro. (advérbio)
} Meio
· =
“um pouco”. (invariável - função adverbial)
Ex.: Amanda
está meio pensativa.
· =
“metade”. (variável - função adjetiva)
Ex.: Tomamos meia garrafa
de vinho.
Estava a meio metro de distância.
· =
“veículo, caminho”. (variável - substantivo)
Ex.: O(s) meio(s) de
comunicação de massa...
} Só /
a Sós
· =
“somente, apenas”. (invariável - função adverbial)
Ex.: Só eles
não concordaram com a proposta.
· =
“sozinho”. (variável - função adjetiva)
Ex.: Ele
(a)(s) estava(m) só(s). (ou “a sós” = invariável)
} Menos
/ alerta / pseudo / a olhos vistos
· São
invariáveis
Ex.: Havia menos pessoas
na reunião de hoje.
Os
policiais estavam alerta. (ou “em alerta” = invariável)
Trata-se
de pseudossábias.
O dinheiro
inflacionado desaparece a olhos vistos.
þ
Observação: Alerta = “aviso, sirene” é
substantivo e sofre flexão.
Ex.: Já
dei vários alertas ao gerente.
} Possível
/ Possíveis
· Usadas
em expressões superlativas
Ex.: O
político obteve o maior elogio possível.
As portas
estavam o mais bem fechadas possível.
As
notícias que trouxe são as melhores possíveis.
Nós
fazíamos trabalhos os mais completos possíveis.
} Adjetivos
adverbializados
· Ficam
invariáveis.
Ex.: Márcio
foi direto à secretaria. (=diretamente)
Saiu rápido para o trabalho (=rapidamente)
} Tal
qual
· “Tal”
concorda com o antecedente e “qual” com o consequente.
Ex.: Raphael
é tal quais os pais.
As meninas eram tais qual a mãe.
É isso aí, pessoal! Essas são as principais regras de Concordância
Nominal encontradas nas várias gramáticas da língua portuguesa
existentes no mercado. Agora é com você! Revise a teoria, exercite bastante
para fixar bem as regras fundamentais (não somente pelos livros, mas também
resolvendo provas de concursos públicos da banca examinadora responsável pela
elaboração de sua futura prova) e siga em frente! ENFRENTE!
É isso aí, Pessoal!
Um forte abraço e um ótimo estudo para todos vocês!
Até breve!
Fonte: Folha Dirigida, por Marcelo Bernardo
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