Pesquisar

Postagens populares

sábado, 22 de dezembro de 2012

Conversando sobre Concordância Nominal


Olá, Pessoal! Como vão todos? Apesar das medidas restritivas do Governo Federal, os demais concursos continuam ‘de vento em popa’... Mantenham o ritmo, não esmoreçam! E haja tribunaIS, procuradorias municipaIS, secretarias de governos estaduaIS e municipaIS e tudo o maIS... ôps! Rá rááá... rima necessária... rs É isso aí! 
Bom, é engraçado... quando a gente escreve um artigo sobre determinado assunto, pensando em nossos leitores, muitas vezes nos vem à mente um certo padrão de formalidade, um rigor... ah! Dizia um célebre orador sacro do século XVII, Pe. Antônio Vieira: “Se gostas da afetação e pompa do estilo que chamam ‘culto’ (referência ao estilo cultista de rebuscamento gongórico da época), não me leias...” e acrescenta: “... e valeu-me tanto sempre a clareza que, só por que me entendiam, comecei a ser ouvido...” e por que não dizer, LIDO! Não é mesmo, pessoal? 
E quando o assunto é sintaxe de concordância, aí é que ‘o bicho pega’ mesmo, pois o conteúdo é bastante controverso... Há algumas divergências entre certos gramáticos, portanto, a dica é ficar sempre atento ao perfil das questões de concordância elaboradas pelas bancas examinadoras, a fim de identificar-lhes em que orientação teórica elas se baseiam. Note-se, por exemplo, que a FCC vem abordando com maior frequência a concordância verbal, sobretudo no que se refere à relação básica entre “verbo e sujeito posposto” (seja este simples, acompanhado por longos adjuntos, ou ainda sob a forma de sujeito oracional com verbo no infinitivo), sem maiores incursões nos casos específicos das minuciosas e controversas expressões... as outras bancas também apontam preferência pela concordância verbal, porém ainda sinalizam o uso de certos casos gerais (verbos no particípio, verbos impessoais, verbos com a palavra ‘se’...). 
Bom, feitas as considerações preliminares, vamos lá! 
É importante saber que a CONCORDÂNCIA NOMINAL se ocupa da relação entre as classes de palavras que compõem o chamado grupo nominal (substantivo, artigo, numeral, pronome e adjetivo). O substantivoé, de certo modo, o elemento central, a palavra-chave nessa modalidade de concordância. O artigo, o numeral, o pronome e o adjetivo, via de regra, sempre concordarão com o substantivo a que se referem. Anote isso!  
Por se tratar de um breve artigo, esquematizaremos de forma topicalizada algumas regras essenciais, a fim de auxiliar em seus estudos.

1) CONCORDÂNCIA DO ADJETIVO (ADJUNTO ADNOMINAL) COM O SUBSTANTIVO
} O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.
Ex.: A casa amarela ficava no fim da rua.
} Um só adjetivo, referindo-se a mais de um substantivo de gênero ou número diferentes:
· Quando vem após os substantivos, concorda com o mais próximo ou com os dois (substantivos). 
Ex.: O rapaz e a moça apaixonada (ou apaixonados) saíram.
þ Observação: É importante lembrar o seguinte critério, quando o adjetivo concordar com os dois substantivos: masculino + masculino, masculino + feminino ou feminino + masculino = masculino plural; feminino + feminino = feminino plural.
· Quando vem antes dos substantivos, concorda com o mais próximo. 
Ex.: Os antigos postes e luminárias eram requintados.

} Dois adjetivos referindo-se ao mesmo substantivo:
Ex.: Os líderes americano e italiano se reuniram hoje.
        O líder americano e o italiano se reuniram hoje.

2) CONCORDÂNCIA DO PARTICÍPIO COM O SUBSTANTIVO
} O particípio concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere:
· nas orações reduzidas
Ex.: Dado o sinal, todos se retiraram.
       Concluídas as pesquisas, detalharemos os dados.
· na voz passiva
Ex.: Foram anotadas todas as reclamações.
       Haviam sido anotados os detalhes da negociação.
· Quando o particípio se refere a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes:
Ex.: O empenho e a confiança foram ampliados.
· O particípio não varia quando forma tempo composto
Ex.: Ela havia anotado os objetivos.
        Todos haviam anotado as reclamações.

3) CASOS GERAIS
} É preciso / É necessário / É proibido / É bom...
· Sem elemento determinante ficam invariáveis. Caso contrário, concordam em gênero com ele.
Ex.: É proibido entrada. (sem elemento determinante)
       É proibida a entrada. (com determinante)
É preciso álcool para limpar a mesa. (sem determinante)
Seriam precisos vários conferencistas. (com determinante)

} Mesmo/próprio/incluso/anexo/obrigado/quite
· Concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.
Ex.: Seguem anexos (ou inclusos) os documentos.
       Muito obrigadas – responderam elas.  
       Elas mesmas (ou próprias) fizeram o trabalho.
       Nós estamos quites com a receita federal.
þ Observação: “Em anexo” = invariável

} Bastante / Bastantes
· Bastante = muito (a), suficiente. (função adverbial - invariável)
Ex.: Conheceu bastante coisa durante a visita.
        Estudei bastante hoje.

· Bastantes = muitos (as), suficientes. (função adjetiva - variável)
Ex.: Fiz bastantes coisas em casa.
       Estudei bastantes assuntos para o concurso.

} Caro / barato / alto / baixo
Ex.: Elas são altas. (adjetivo)
        Elas falaram alto. (advérbio) 
        A roupa é cara.(adjetivo)
        A roupa custou caro. (advérbio)

} Meio
· = “um pouco”. (invariável - função adverbial)
Ex.: Amanda está meio pensativa.
· = “metade”. (variável - função adjetiva)
Ex.: Tomamos meia garrafa de vinho.
        Estava a meio metro de distância.
· = “veículo, caminho”. (variável - substantivo)
Ex.: O(s) meio(s) de comunicação de massa...

} Só / a Sós
· = “somente, apenas”. (invariável - função adverbial)
Ex.:  eles não concordaram com a proposta.
· = “sozinho”. (variável - função adjetiva)
Ex.: Ele (a)(s) estava(m) só(s). (ou “a sós” = invariável)

} Menos / alerta / pseudo / a olhos vistos
· São invariáveis
Ex.: Havia menos pessoas na reunião de hoje.
Os policiais estavam alerta. (ou “em alerta” = invariável)
Trata-se de pseudossábias.
O dinheiro inflacionado desaparece a olhos vistos.

þ Observação: Alerta = “aviso, sirene” é substantivo e sofre flexão.
Ex.: Já dei vários alertas ao gerente.

} Possível / Possíveis
· Usadas em expressões superlativas
Ex.: O político obteve o maior elogio possível.
As portas estavam o mais bem fechadas possível.
As notícias que trouxe são as melhores possíveis.
Nós fazíamos trabalhos os mais completos possíveis.

} Adjetivos adverbializados
· Ficam invariáveis.
Ex.: Márcio foi direto à secretaria. (=diretamente)
       Saiu rápido para o trabalho (=rapidamente)
} Tal qual
· “Tal” concorda com o antecedente e “qual” com o consequente.
Ex.: Raphael é tal quais os pais.
       As meninas eram tais qual a mãe.

É isso aí, pessoal! Essas são as principais regras de Concordância Nominal encontradas nas várias gramáticas da língua portuguesa existentes no mercado. Agora é com você! Revise a teoria, exercite bastante para fixar bem as regras fundamentais (não somente pelos livros, mas também resolvendo provas de concursos públicos da banca examinadora responsável pela elaboração de sua futura prova) e siga em frente! ENFRENTE!
É isso aí, Pessoal!
Um forte abraço e um ótimo estudo para todos vocês!
Até breve!

Fonte: Folha Dirigida, por Marcelo Bernardo

Acesse nossa loja virtual e confira nossa sessão de Resumões. Trata-se de um material diferenciado no mercado, onde você encontra os principais tópicos de várias matérias relacionadas à concurso público, ensino médio e superior. Acesse agora o link https://www.fitconcurso.com.br/departamento.php?cod_departamento=153543 e fique por dentro dessa novidade!

         Fit Concursos, oferecendo oportunidades…



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva aqui o seu comentário para o Fit Concursos

Mensagem