Obama: reeleição será tema certeiro em Atualidades

Os Estados Unidos reelegeram Barack Obama para mais quatro anos à frente do país. O presidente recebeu apoio de artistas americanos e internacionais, políticos e mobilizou pessoas ao redor do mundo. A sua eleição inicial foi histórica, já que pela primeira vez um negro chegou a presidência da maior potência mundial. Em 2009, ele ganhou o prêmio Nobel da Paz. E para os próximos quatro anos vai enfrentar uma série de desafios. E o que isso tem a ver com você, concurseiro? Muita coisa, é o que explica o professor de Atualidades do Gran Cursos, Jefferson Urani, ressaltando a importância do pleito americano e seus desdobramentos.

"A eleição norte-americana, muito provavelmente, será abordada em diversos concursos, principalmente, enfocando temas como ações para a recuperação econômica dos EUA e as relações no mundo árabe. Há grande probabilidade de o assunto ser cobrado dentro da matéria 'Atualidades', mas vejo como improvável que essa questão venha a ser exigida em redações", comenta. O professor destaca os pontos principais no conteúdo econômico. "O déficit fiscal nos EUA atinge níveis alarmantes, o que exige uma ampla reforma e arrocho nas políticas sociais, cortes de gastos e aumento de impostos. Temas nada agradáveis para a sociedade e opinião pública americana. Nessa mesma linha, a reestruturação tributária, que distorce os incentivos dentro dos Estados Unidos, é outro ponto a ser tratado. Na agenda internacional, ainda tem a pauta ambiental, que mexe com a popularidade mundial e a retomada da economia do país", diz.

Os conflitos árabes sempre chamam a atenção do mundo, pois já duram por séculos. Para Urani, a vitória de Obama é uma mensagem do povo americano. "Mesmo após as crises econômicas de 2008/2009, a reeleição de Barack Obama pode ser vista de vários prismas. Um alívio para o planeta, que defende uma política de diálogo em contraponto à belicista, prática histórica do Partido Republicano (opositor ao Democrata de Obama, e financiado pela indústria bélica). A reeleição pode ser interpretada pelo mundo como uma resposta do povo norte-americano, que mesmo mergulhado em crise, prefere apostar numa política de boa vizinhança", declara.

O professor destaca que os conflitos árabes podem cair nas provas. Assim como as medidas que serão tomadas por Obama. "A relação com o mundo árabe, em especial a Síria, onde a violência não dá trégua e Bashar Al-Assad continua no poder. Ali os EUA deverão tomar medidas mais enérgicas. A eterna crise de judeus e palestinos é outro ponto que deve ocupar a agenda nesse novo mandato. Ainda com relação a Israel tem-se o possível ataque do Estado Judeu ao Irã, devido ao seu programa nuclear. Barack Obama solicitou ao premier israelense que não atacasse o Irã, esperasse as sanções econômicas surtirem efeito, enquanto o Romney tinha anunciado que, se eleito, apoiaria um ataque. Seria uma guerra iminente", destaca o professor.

O professor comenta o que muda para o Brasil com a vitória de Obama. "Com relação ao nosso país, a reeleição significa a continuidade nas ligações já existentes. Mas, se o opositor tivesse vencido, isso também não mudaria muito. Os interesses entre Brasil e Estados Unidos estão além dos níveis de governo. Eles se constituem entre empresas, organizações civis, cidadãos e turistas. As relações econômicas num mundo globalizado sobrepõem-se às posturas dos Estados, quando esses obedecem aos princípios do Estado Democrático de Direito". O professor finaliza deixando uma mensagem. "Desejo aos alunos sempre uma boa prova e que Obama possa dirigir uma política de recuperação econômica e pautada na paz mundial".

Por Luan Monteiro

Fonte: Folha Dirigida

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