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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O diploma de pós cada vez mais valorizado - Parte 2

Para ter sucesso no mercado, só a pós não basta


Diante da complexidade cada vez maior no mundo corporativo, mesmo a pós-graduação deixou de ser garantia de uma boa colocação profissional. Com a corrida pela qualificação, hoje, 90% das instituições de ensino brasileiras oferecem cursos de pós-graduação. Mas, especialistas afirmam que este não é o fim da largada, até porque as exigências do mercado vão muito além.
Para o professor Paulo Afonso, reitor do Grupo Educacional Anglo-Americano, não é apenas a pós-graduação que faz o profissional, mas sim o próprio objetivo de cada um. “A pós-graduação dá, fornece e possibilita novos olhares sobre um outro segmento de aprendizado. Um aprendizado mais reflexivo, com pesquisas comparativas e, sobretudo, com muita leitura e informação nova. Mas é preciso estar atento às mudanças globais e ainda entender o porquê dessas mudanças e em quais contextos elas acontecem. Não basta só o curso”, afirma.
Ler, estudar, dedicar-se ao curso, com empenho, zelo, vontade efetiva de acumular conhecimento e de fazer a diferença no mercado de trabalho. Esses são os princípios importantes, segundo o professor Paulo Afonso, para nortear o comportamento de um pós-graduando ao longo da formação. Segundo o reitor, é o crescimento diário que viabiliza a formação dos melhores profissionais.
“O aprendizado é de extrema relevância e é justamente a partir do que apreendemos e assimilamos que nos tornamos profissionais melhores, mais bem informados, detentores de mais ferramentas”, enfatiza o educador.
Não é por acaso que a procura pela pós-graduação tem crescido no Brasil, assim como acontece com o ensino superior ou mesmo a educação profissional. Com as transformações no mundo do trabalho, ganha força o processo de educação continuada. Ou seja, o sucesso na carreira tende a não ser mais pautado pelo que se escolheu estudar um dia, mas pela disposição de aprender permanentemente.
“O tempo todo precisamos nos atualizar. E a pós representa um instrumento formal desse processo de reciclagem. Mas, não é o bastante. Mesmo durante a pós e depois há necessidade de que as pessoas busquem identificar novas tendências e aprofundar-se nas suas áreas de profissionalização”, destaca o professor José Remizio Garrido, membro do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro.
Por uma série de outras razões, fazer uma pós-graduação, nem sempre, resulta na evolução profissional esperada. Não ter uma boa rede de relações pessoais, por exemplo, pode limitar o diferencial que um curso de mestrado ou doutorado podem trazer. Não buscar inteirar-se das discussões e tendências da área de estudo e atuação é outro erro comum àqueles que não conseguem evoluir, mesmo com uma pós.
“Por isso, é importante participar de grupos que tenham o mesmo interesse profissional, associações, conselhos. É fundamental também freqüentar congressos, seminários, e outros eventos que cuidam e tratam do exercício da profissão e ampliam as oportunidades de negócios”, completa o professo Garrido, que também é diretor da Faculdade Flama.

De vendedor à supervisor de vendas

O mercado de trabalho anda cada vez mais competitivo e uma das alternativas adotadas pelos que buscam sucesso profissional é dar sequência aos estudos além da graduação. Um exemplo disso é Alexandre Rocha que, aos 29 anos, já está no seu segundo curso de pós.
Formado em Administração de Empresas no ano de 2003, em 2005 Alexandre fez MBA em Logística e, no ano passado, com o pensamento e a necessidade de se reciclar perante o concorrido mercado de trabalho, ingressou em uma nova pós-graduação, no curso de Gestão Empresarial. “Entrei na pós para fazer uma reciclagem e consegui mais do que eu almejava. O curso de Gestão Empresaria abriu portas para o mercado.”
Alexandre Rocha, que trabalhava como vendedor na empresa Matte Leão, foi promovido a coordenador de vendas enquanto estava cursando sua pós em Gestão Empresarial. Após o curso, conseguiu a oportunidade de ser supervisor de vendas na empresa alimentícia BRFOODS. Seu salário aumentou cerca de quatro vezes sem contar com os outros benefícios. “Quando comecei a pós, era vendedor e tinha salário de R$1.250,00, incluindo as comissões. Hoje, na BRFOODS meu salário gira em torno de R$ 6.000,00, fora os benefícios, que incluem um carro”, relatou.
Para evoluir profissionalmente, Alexandre colocou em prática o que havia aprendido em sala de aula e buscou ampliar seu network. “Durante o curso de Gestão Empresarial, conheci pessoas de todos os mercados, desde vendedor de empilhadeiras a gerente de banco. Pude trocar experiências, conhecer e fazer novos amigos” completou.
O supervisor diz ter se privado de muitas coisas para cursar a pós. Mas afirma não ter se arrependido e ainda aconselha os novos profissionais a realizarem a complementação do ensino superior. “Fiz a minha pós-graduação aos sábados, das 13 às 17 horas, um horário que praticamente matava todo o meu dia. Continuei, sem me importar com o fato de que muitos amigos naquela hora poderiam estar se divertindo. Eu podia estar com eles, mas preferi me sacrificar. Naquele momento, o meu lazer era me dedicar aos estudos. Hoje tenho uma bagagem cultural bem maior e não pretendo parar de estudar. Vejo que valei à pena” conclui o supervisor.

Fonte: Folha Dirigida

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