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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Caneta na mão e uma figa no bolso: a fé remove candidatos?



Finalmente, chegou o dia da prova daquele sonhado concurso, mas o relógio não despertou no horário programado.  Atrasado, você se arruma rapidamente e sai de casa. Sem perceber, passa embaixo de uma escada e, em seguida, um gato preto cruza seu caminho. O que para muitos representa apenas uma série de coincidências, para os candidatos mais supersticiosos, o conjunto da obra pode ser um sinal de que o exame não será dos melhores. O antídoto? Um amuleto da sorte no bolso acompanhado da fé de que tudo pode mudar.
Pode ser um ritual ou, quem sabe, um objeto que represente sua crença. Para a secretária e concurseira Mônica Campos, de 51 anos, a receita é simples: aliar estudo, autoconfiança e crença religiosa faz, sim, a diferença na hora de prestar concurso. “Acho que a fé é fundamental em muitos aspectos da vida. Não importa em que você acredita. Mas é preciso se esforçar”, pontua Mônica. A secretária costuma carregar uma medalha de Nossa Senhora de Fátima, trazida de Portugal por um amigo. “Coloco o acessório preso por dentro da minha blusa. Acho que me acalma e protege de alguma forma. Antes de prestar concursos, fazia o mesmo quando tinha uma entrevista de emprego”, explica Mônica.
Waldemar Falcão é astrólogo e deixa claro que o fundamental é acreditar em si mesmo e manter o pensamento positivo. Mas, para aqueles que buscam ajuda extra, um talismã especial pode fazer a diferença. “Minha sugestão é para que os candidatos confiem na sua própria capacidade e reafirmem isso para si próprios no dia da prova. Mas para quem busca uma opção, na mitologia hindu existe uma divindade chamada 'Ganesha', que tem corpo humano e cabeça de elefante. Ele é considerado o patrono do saber e do estudo”, sugere.
Para os céticos, uma explicação científica pode fazer maior sentido. Cientistas alemães, da Universidade de Köln, comprovaram, através de pesquisas, que a crença pode ajudar a melhorar o desempenho das pessoas. Palavras como 'boa sorte', por exemplo, podem ajudar de alguma maneira a obter resultados positivos em algumas atividades. Para a psicóloga Nelice Parpinelli, utilizar a racionalização para dar sentido a estes conjuntos de ritos pode influenciar no resultado da avaliação. “Os estudos avançados do cérebro permitem detectar zonas estimuladas quando o indivíduo está, por exemplo, em estado mental de fé. Tais zonas cerebrais estimulam a produção de neurotransmissores, substâncias neuroquímicas, tais como endorfinas, serotoninas e dopaminas, gerando sensações de bem-estar, promovendo sentimentos de confiança, segurança, atenção e concentração.”
Vanessa Januzzi também tem seus segredos na hora de encarar uma prova de concurso. Aos 29 anos, ela estuda para tentar ingressar em um órgão público da sua cidade, mas garante que segue à risca um ritual especial para o dia do exame. “Procuro deixar tudo adiantado no dia que antecede a prova, justamente para estar tranquila na data. Para isso, também opto por cores claras e que passem a ideia de tranquilidade, como o branco e azul claro. E antes mesmo de entrar na sala e encarar as questões, faço o sinal da cruz e entro com o pé direito”, revela.
Falando exatamente sobre o outro extremo, Waldemar Falcão recomenda evitar roupas escuras nessas situações. “A cor preta não é uma cor muito recomendável nestas situações, porque absorve a energia do ambiente, que certamente estará bem carregado”, pontua. E se consultar o horóscopo pode sinalizar os rumos da prova, Vanessa também não dispensa a ajuda. “Não tenho o costume de ler no dia da prova, até porque não daria tempo, já que as provas acontecem muito cedo. Mas, no dia anterior, procuro dar uma olhada geral no que dizem os astros. Qualquer ‘pista’ é bem-vinda nessas horas”, conta, entre sorrisos, a concurseira.
O astrólogo, no entanto, discorda desse tipo de comportamento. Segundo ele, esse tipo de leitura do mapa astral, contida em jornais diários, é feita de forma genérica. “O horóscopo diário de jornal não deve ser levado ao pé da letra, porque abrange todos os nascidos naqueles 30 dias que caracterizam o signo. Minha sugestão é que o candidato não se preocupe com esse tipo de previsão. Caso o candidato tenha o hábito de fazer a leitura do seu mapa de nascimento, essa sim pode ser uma ferramenta muito útil, pois ali o estudo é individualizado e pode dar boas dicas, até mesmo de como ‘escapar’ de situações mais difíceis no dia da prova.”
Mas fique atento: sem estudos, não há santo que ajude! A fé, nessas horas, é uma aliada importante, mas manter um planejamento acerca do conteúdo programático é imprescindível. “O mais importante é considerar que a toda ação corresponde uma reação. Para um bom resultado, é necessário possuir uma boa causa, um bom objetivo, de modo a canalizar sua energia na direção almejada”, conclui a psicóloga Nelice. 

Por Thalita Gois
Fonte: Folha Dirigida



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