Finalmente, chegou o dia da prova
daquele sonhado concurso, mas o relógio não despertou no horário
programado. Atrasado, você se arruma rapidamente e sai de casa. Sem perceber,
passa embaixo de uma escada e, em seguida, um gato preto cruza seu caminho. O
que para muitos representa apenas uma série de coincidências, para os
candidatos mais supersticiosos, o conjunto da obra pode ser um sinal de que o
exame não será dos melhores. O antídoto? Um amuleto da sorte no bolso
acompanhado da fé de que tudo pode mudar.
Pode ser um ritual ou, quem sabe, um
objeto que represente sua crença. Para a secretária e concurseira Mônica
Campos, de 51 anos, a receita é simples: aliar estudo, autoconfiança e crença
religiosa faz, sim, a diferença na hora de prestar concurso. “Acho que a fé é
fundamental em muitos aspectos da vida. Não importa em que você acredita. Mas é
preciso se esforçar”, pontua Mônica. A secretária costuma carregar uma medalha
de Nossa Senhora de Fátima, trazida de Portugal por um amigo. “Coloco o
acessório preso por dentro da minha blusa. Acho que me acalma e protege de
alguma forma. Antes de prestar concursos, fazia o mesmo quando tinha uma
entrevista de emprego”, explica Mônica.
Waldemar Falcão é astrólogo e deixa
claro que o fundamental é acreditar em si mesmo e manter o pensamento positivo.
Mas, para aqueles que buscam ajuda extra, um talismã especial pode fazer a
diferença. “Minha sugestão é para que os candidatos confiem na sua própria
capacidade e reafirmem isso para si próprios no dia da prova. Mas para quem
busca uma opção, na mitologia hindu existe uma divindade chamada 'Ganesha', que
tem corpo humano e cabeça de elefante. Ele é considerado o patrono do saber e do
estudo”, sugere.
Para os céticos, uma explicação
científica pode fazer maior sentido. Cientistas alemães, da Universidade de
Köln, comprovaram, através de pesquisas, que a crença pode ajudar a melhorar o
desempenho das pessoas. Palavras como 'boa sorte', por exemplo, podem ajudar de
alguma maneira a obter resultados positivos em algumas atividades. Para a
psicóloga Nelice Parpinelli, utilizar a racionalização para dar sentido a estes
conjuntos de ritos pode influenciar no resultado da avaliação. “Os estudos
avançados do cérebro permitem detectar zonas estimuladas quando o indivíduo
está, por exemplo, em estado mental de fé. Tais zonas cerebrais estimulam a
produção de neurotransmissores, substâncias neuroquímicas, tais como
endorfinas, serotoninas e dopaminas, gerando sensações de bem-estar, promovendo
sentimentos de confiança, segurança, atenção e concentração.”
Vanessa Januzzi também tem seus
segredos na hora de encarar uma prova de concurso. Aos 29 anos, ela estuda para
tentar ingressar em um órgão público da sua cidade, mas garante que segue à
risca um ritual especial para o dia do exame. “Procuro deixar tudo adiantado no
dia que antecede a prova, justamente para estar tranquila na data. Para isso,
também opto por cores claras e que passem a ideia de tranquilidade, como o
branco e azul claro. E antes mesmo de entrar na sala e encarar as questões,
faço o sinal da cruz e entro com o pé direito”, revela.
Falando exatamente sobre o outro
extremo, Waldemar Falcão recomenda evitar roupas escuras nessas situações. “A
cor preta não é uma cor muito recomendável nestas situações, porque absorve a
energia do ambiente, que certamente estará bem carregado”, pontua. E se
consultar o horóscopo pode sinalizar os rumos da prova, Vanessa também não
dispensa a ajuda. “Não tenho o costume de ler no dia da prova, até porque não
daria tempo, já que as provas acontecem muito cedo. Mas, no dia anterior,
procuro dar uma olhada geral no que dizem os astros. Qualquer ‘pista’ é
bem-vinda nessas horas”, conta, entre sorrisos, a concurseira.
O astrólogo, no entanto, discorda desse
tipo de comportamento. Segundo ele, esse tipo de leitura do mapa astral,
contida em jornais diários, é feita de forma genérica. “O horóscopo diário de
jornal não deve ser levado ao pé da letra, porque abrange todos os nascidos
naqueles 30 dias que caracterizam o signo. Minha sugestão é que o candidato não
se preocupe com esse tipo de previsão. Caso o candidato tenha o hábito de fazer
a leitura do seu mapa de nascimento, essa sim pode ser uma ferramenta muito
útil, pois ali o estudo é individualizado e pode dar boas dicas, até mesmo de
como ‘escapar’ de situações mais difíceis no dia da prova.”
Mas fique atento: sem estudos, não há
santo que ajude! A fé, nessas horas, é uma aliada importante, mas manter um
planejamento acerca do conteúdo programático é imprescindível. “O mais
importante é considerar que a toda ação corresponde uma reação. Para um bom
resultado, é necessário possuir uma boa causa, um bom objetivo, de modo a
canalizar sua energia na direção almejada”, conclui a psicóloga Nelice.
Por Thalita Gois
Fonte: Folha Dirigida
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